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Como é que uma adita de beleza manteria a sua rotina se fosse astronauta? Numa entrevista dada à Glamour, Kellie Gerardi contou quais os seus cuidados de higiene e maquilhagem no espaço. Primeiro passo: fazer uma seleção ao estilo ‘o que levaria para uma ilha deserta’, versão Marte. “Se tens um regime de beleza grande em casa, tens certamente de o diminuir, porque mesmo que todos esses produtos sejam aprovados pela NASA para viajar, nunca conseguirias levar tudo”, explica Kellie. Não se esquecendo que terá um capacete sempre consigo e que nem sempre terá acesso ao seu rosto, convém selecionar produtos o mínimo irritáveis possíveis e que não entrem para os olhos.
A rotina noturna da astronauta inclui toalhitas desmaquilhagens e bálsamos de limpeza – o uso de água no espaço é muuuito limitado – seguido de um creme hidratante que possa aconchegar a pele durante a noite (o espaço torna a pele mais seca e irritadiça). A astronauta prefere texturas de base em creme, até porque os pós estão proibidos, pois podem pairar e chegar aos pulmões de alguém ou interferir com a maquinaria. O mesmo para perfumes, pois um espaço reduzido amplifica os aromas e os astronautas não têm forma de escapar aos cheiros (e imagine o que seria passar 24 sob 24 horas com uma das fragrâncias que não suporta trazida por outro colega). Não precisará de protetor solar, porque qualquer nave tem janelas de proteção contra tudo e mais alguma coisa.
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Com um perfil no Instagram com mais de 90 mil seguidores, Kellie diz que sente os preconceitos associados a uma cientista e à sua maquilhagem. “Há pessoas que olham para o facto de gostar de maquilhagem e de moda e me levam menos a sério por isso, mas eu absolutamente rejeito a noção de que a minha feminilidade me torna frívola”, disse à Glamour. Ela acredita que nos devemos sentir no nosso melhor, em qualquer ambiente. “Estás a correr muitos riscos, estás a ser o teu país, porque haveria alguém se pode incomodar por um pouco de lip gloss se isso te faz sentir melhor?” Com os pés na terra ou não, nada se pode intrometer entre nós e o nosso amor-próprio.
