Durante vários séculos, a pintura foi usada como a única forma de retratar a realidade. À medida que os materiais e as técnicas iam sendo aperfeiçoados, e com a invenção da fotografia, a representação fiel do que vemos à nossa volta deixou de ser tão relevante, e os artistas começaram a ir por outros caminhos.
Alexa Meade, no entanto, regressa ao passado com cada um dos seus trabalhos. A artista americana usa cenários, objetos e modelos reais, e pinta-os de forma a que seja criada a ilusão de uma obra de arte 2D – no fundo, o completo oposto daquilo que os pintores clássicos faziam. A realidade é transformada em arte bidimensional.
Meade, que já teve os seus trabalhos expostos em museus como a National Gallery em Whashington DC, usa o seu Instagram @alexameadeart como ferramenta de partilha das suas obras, incluindo vídeos fascinantes do que se passa behind the scenes.
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Depois de pintar os modelos com as tintas adequadas (a artista usa uma fina camada de latex sobre a pele como primer), Alexa fotografa-os no cenário. O resultado final nunca sofre qualquer tipo de manipulação digital, o que é muitas vezes a parte mais difícil do processo. “Uma vez que está feito, está feito. Não podes voltar atrás e usar olhos frescos para editar algumas coisas. Isto é um desafio. Às vezes penso que fiz uma pintura perfeita e quando vejo as fotos mais tarde, reparo numa pincelada fora do lugar ou algo mais estranho. Como não pinto no Photoshop, qualquer foto que tire é um resultado final”, explicou numa entrevista ao allthatsinteresging.com.
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Sem qualquer tipo de educação artística formal, a artista começou a pintar em 2009, e em 2018 estava a pintar Ariana Grande para a famosa cena do banho lilás que a cantora protagoniza no videoclipe de God is a Woman.
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O seu conselho para quem quer começar uma carreira em arte? “Simplesmente começa, e deixa que o processo te guie… eu chamo-lhe ‘pensar com as mãos’. Tenho que fazer as coisas fisicamente e senti-las para que o próximo passo apareça antes de eu saber realmente o meu caminho. Não tenhas medo disso. Permite-te começar num ponto de partida que não sabes para onde te vai levar.”