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Sábado foi dia de emoções fortes: de um lado, um clássico de futebol a acontecer no Dragão, do outro, a final do Festival da Canção. Tendo em conta a fraca dedicação aos looks de Beleza no primeiro cenário, escusado será dizer que na Miranda todas as atenções estavam concentradas no programa que determinou quem vai, a 14 de Maio, representar Portugal na primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção, em Telavive, Israel.
O grande vencedor da noite, Conan Osíris, foi, também, o vencedor no que toca à Beleza, com um visual que não deixou ninguém indiferente. Aparte do outfit – Conan escolheu uma vez mais vestir peças do designer português Luis Carvalho -, foi mesmo a estrutura que envergou no rosto que chamou particularmente a atenção.
Online não faltaram comparações, desde com mundanas colheres de refeição até com a mítica máscara usada por Hannibal Lecter no filme O Silêncio dos Inocentes. No entanto, a peça original que embelezou o rosto do cantor é da autoria de Adriana Ribeiro, uma jovem portuguesa que faz e vende joalharia através do Instagram. Foi nessa rede social, aliás, que Adriana revelou que tanto a máscara dourada como a peça para colocar na mão, ambas usadas por Conan nas actuações dos programas da RTP, eram feitas por si, à mão e em latão.
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“Recebi uma mensagem do Tiago [Tiago Miranda é o nome de Conan Osíris] com uma ideia já bastante clara do que ele pretendia”, começa por dizer à Miranda. “Claro que depois foi algo que em conjunto trabalhámos juntos, até porque não sabíamos até que ponto o que ele imaginou seria funcional ou fazível”, continua, explicando que “foi tudo um pouco em cima da hora”.
Pela primeira vez a fazer uma máscara em metal, Adriana admite que se tentou manter o mais fiel a tudo o que fora pedido pelo cantor. “Fomos sempre reunindo e falando ao longo do processo de execução das peças. Experimentando e vendo. E pronto, o génio aqui é ele”, remata.
Sobre a reação do público às suas criações, a jovem revela que “não estava à espera de tanto feedback“. “E sinceramente não me chateio nada com as imitações ou gozos. Acho que faz tudo parte. Já conheço o Tiago há anos, e para mim foi tipo natural como ele foi, o visual todo, a máscara, as mãos. Ele é assim mesmo. E ter o sucesso todo sem mudar quem és para mim é de muito valor”, confessa.
“(…)não me chateio nada com as imitações ou gozos. Acho que faz tudo parte.”
Perguntamos-lhe, em jeito de antevisão, se serão as mesmas peças as usadas para levar a Israel, em Maio, para a primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção, mas Adriana não se descose: “Isso é como no Dragonball, a dica é ‘não perca o próximo episódio que nós também não’ (risos), mas da final ainda não falámos em concreto sobre o próximo passo, se houver um. Se ele usará as peças já feitas ou se vamos fazer algo para ele usar em Israel. Isso os fãs e o público vão ter de aguardar”.
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