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Umas com mais, outras com menos, mas uma coisa é certa: todas as mulheres têm pêlos púbicos. Para além de evitarem a entrada de “sujidade”, protegem a área durante o ato sexual, além de outras atividades, como, por exemplo, o exercício físico.
Com a chegada do tempo do calor, os salões de estética ganham uma nova vaga de clientes com um pedido em comum: depilação da zona púbica. Da simples à cavada, há ainda quem peça a depilação integral. É aqui que surge uma pergunta que, por esta altura do verão, anda por aí de boca em boca — ou de “coisinha em coisinha”: Há algum problema, como o aparecimento de infeções, quando se faz depilação integral da zona púbica?
O dermatologista Manuel Campos esclarece: “Embora, cientificamente, não haja motivos para realizar a depilação íntima, também não existem motivos para a contraindicar”, acrescentando ainda que “nalgumas doenças de pele (como as foliculites, a hidradenite supurativa), a depilação integral poderá ajudar no controlo crónico destas dermatoses.”
No que toca à relação entre a depilação integral e a vida sexual, a ginecologista Irina Ramilo diz que há interferências quando esta promove um aumento de auto-estima: “Quem tem melhor auto-estima acaba por se sentir melhor nas relações sexuais. Sente-se um maior prazer por haver até mais sexo oral por parte do companheiro, haver mais toque e sensibilidade clitoriana e vulvar.”
No entanto, há algumas contrapartidas: “A sensibilidade dessa zona pode trazer sintomas de ardor ou irritação, pois o pêlo acaba por proteger de infeções vaginais ou sexuais.”
E a que conclusão chegamos? A resposta é simples: a depilação integral na “coisinha” depende do gosto de cada uma de nós. Não há nada que diga que deve ou não fazer, e se sente ou não o tal ardor ou irritação. É caso a caso. Ouça (sempre) o que a sua “querida” tem para lhe dizer.
