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Bem-estar

“Desistir não faz parte do meu dicionário!” Como a infertilidade afeta a saúde mental e as relações

por Rafaela Pinto Fevereiro 20, 2025, 14:45
Por Rafaela Pinto Fevereiro 20, 2025, 14:45
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A infertilidade é uma realidade que afeta milhares de casais em todo o mundo, mas ninguém está preparado para ouvir que ter um filho pode não ser assim tão simples. Para muitos casais, a notícia é o início de uma montanha-russa emocional que mexe com a autoestima, o relacionamento e até com a forma como se vê o futuro.

Depois do diagnóstico vem a esperança. Os tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA) surgem como uma luz ao fundo do túnel, mas também vêm acompanhados de desafios. A espera por um resultado positivo, as injeções diárias, os efeitos secundários dos tratamentos e o peso das expectativas podem ser desgastantes.

A Miranda esteve à conversa com uma psicóloga e com a atriz portuguesa Maria Sampaio, que sempre partilhou sem preconceitos nem tabus a sua jornada com a fertilização in vitro, para compreender como essa realidade impacta a saúde mental de quem a vivencia.

O impacto do diagnóstico: quando o sonho se torna incerteza

Entre exames, tratamentos e incertezas, muitos vivem um turbilhão de emoções que variam entre esperança e frustração. “Após o diagnóstico, pode ser frequente os casais sentirem ansiedade (sobre o futuro, os possíveis tratamentos, os resultados dos mesmos, e a relação com o parceiro), solidão (tendência a afastarem-se de amigos e familiares, internalizarem esta experiência), culpa (por não conseguir engravidar, por sentir raiva, por não serem felizes da forma como idealizaram, por não concretizarem o seu sonho), e vergonha (por não conseguirem cumprir o papel social de ter filhos, e por acharem que existe algo de errado com eles)”, explica a Dra. Ana Luísa Alves, psicóloga na clínica Procriar.

“Não vermos a expressão do sofrimento, não significa que não estejam a passar por este processo com angústia e preocupação” – Dra. Ana Luísa Alves, Psicóloga

Estas emoções podem variar na sua intensidade e duração, inclusive ser diferente nos membros do casal. A especialista esclarece: “Parece haver uma predisposição para as mulheres reagirem num momento inicial com emoções mais intensas e expressar mais abertamente a sua dor emocional, bem como assumirem muitas vezes a responsabilidade pelo diagnóstico. No caso dos homens mais frequentemente, assistimos ao internalizar das emoções, muitas vezes assumindo uma figura de apoio e numa tentativa de manter a calma”.

Falar sobre infertilidade ainda é um tabu, mas à medida que mais pessoas partilham as suas histórias, fica claro que ninguém está sozinho nesta caminhada. Por motivos de saúde, Maria Sampaio recebeu, aos 25 anos, a notícia de que precisaria de recorrer à fertilização in vitro para um dia conseguir ser mãe. “Foi muito doloroso mesmo, pela imaturidade emocional também, e pelo facto de saber que o sonho de engravidar “naturalmente” deixaria de existir para mim”, conta.

O processo dos tratamentos PMA: o que esperar?

O stress, a ansiedade, o medo do fracasso e o impacto físico dos tratamentos são os principais desafios emocionais que um casal enfrenta. Para Maria foi um caminho de esperança e resiliência. “No início as expectativas estão gigantes. Mesmo sabendo que a percentagem de engravidar com PMA são de 40% não ouvimos isso e achamos que vai acontecer. Depois de cada perda vamos perdendo cada vez mais as esperanças. Chorei muito, discuti muito, porque havia alturas em que tudo me irritava. A única coisa que queria depois de cada perda, era ter o meu tempo de luto, voltar a mim, e voltar a ter forças para seguir”.

Os especialistas concordam que a carga emocional destes tratamentos pode ser avassaladora. A psicóloga Ana Luísa Alves explica: “num primeiro tratamento, podem existir expectativas com elevados níveis de esperança, que podem levar a decepções profundas em casos não bem-sucedidos”. Além disso, “a repetição dos tratamentos pode aumentar a ansiedade, depressão, stress e o desespero, diminuindo muitas vezes a esperança. É necessário permitirem-se a fazer o luto desta perda para depois redefinir objetivos de vida”.

“Depois de tantas mudanças no corpo, comecei a habituar-me e hoje sinto-me ainda mais mulherão, porque comecei a aceitar-me em cada fase do meu corpo” – Maria Sampaio

O caminho pode ser longo e exaustivo, mas para Maria, desistir nunca foi uma opção. “Do primeiro tratamento fiquei com quatro embriões viáveis. Fui introduzindo e perdendo durante um ano e meio. Depois descansei um ano para voltar a ganhar forças, e avancei para um novo processo. Consegui três dessa vez, perdi dois. Voltei a dar um descanso de quase seis meses e preparei-me para o último, e foi aí que a Caetana [a filha com agora dois anos] se agarrou ao meu útero. Não tinha esperança nenhuma já, mas fui na mesma! Desistir não faz parte do meu dicionário!“, diz Maria Sampaio.

A infertilidade e os tratamentos de PMA desafiam não só o corpo, mas também os relacionamentos. A atriz acredita que mais suporte deveria estar disponível para os casais: “Estive hormonalmente instável durante muito tempo e os homens não estudam nem se preparam para o que passamos. Assim como há cursos pré-natais, também deveriam haver cursos para casais que vão passar por estes processos. Nós, mulheres, mudamos muito durante os processos e depois de sermos mães também. Cada casal é um casal. Muitos não suportam tanta mudança sem tratamentos quanto mais com tratamentos”.

Tal como a Dra. Ana Luísa Alves explica, é normal existir um aumento de stress e de tensão entre o casal e, nestes casos, é importante que o casal tenha uma comunicação aberta e empática, e que possam ser fonte de suporte um para o outro, para lidarem com as mudanças e adversidades.

O apoio psicológico pode ser determinante nesta jornada e é o conselho mais precioso que Maria Sampaio deixa para quem está a passar pelo mesmo: “Façam terapia desde o dia um (se puderem), e escutem tudo juntos, ninguém nos prepara para o que passamos, ninguém! Só muito amor salva tudo o que passamos“.

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