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A nova marca japonesa de cosméticos En, baseia o seu conceito na mistura de 100 essências de beleza, que incluem extratos de plantas orgânicas, sais de rocha e pó de folhas de chá, para uma pele bem tratada, livre dos sinais de fadiga, “especial”. Todos os cuidados da En Skincare são preparados à mão e aplicados sendo, depois, muito delicadamente absorvidos. Este universo de fragrâncias especiais, de essências únicas, está reflectido na loja em Paris, com projecto de arquitectura do colectivo Archiee.
A loja, de 150 metros quadrados, ocupa o piso térreo e o porão, nas traseiras, bem como o primeiro andar, de um prédio do século XVIII, no coração da capital francesa, e é a primeira loja física da marca. O nome “En” significa “beleza” em japonês, mas também pode significar “círculo” e “ligação”, palavras que inspiraram os arquitectos no design da loja.
A loja divide-se em quatro espaços: no piso 0 convivem duas áreas de cariz minimalista, equipadas com divisórias e móveis de latão curvos. Na zona do porão não foi escondida a beleza do prédio histórico, tendo sido mantidas as paredes de pedra exposta e o tecto abobadado.
O atelier Archiee, dos arquitectos japoneses Yusuke Kinoshita e Daisuke Sekine, combinou elementos de latão em cada um dos quatro espaços. No andar de cima, estes elementos formam divisórias curvas que enquadram zonas semi-circulares; no piso de baixo, o latão pode ser visto em alguns detalhes, desde as luminárias à mobília.
Ao entrar, os clientes tomam contacto com uma primeira sala, onde estão expostos os produtos. A segunda sala é reservada ao espaço de aconselhamento e tratamento, e a terceira, com um hall, dá acesso a duas salas de massagem privadas; no quarto espaço encontram-se uma zona reservada para a galeria de produtos e o pequeno balcão circular.
Todas as superfícies externas das divisórias circulares receberam um acabamento em latão polido por forma a produzirem “um reflexo distorcido e quente”. A sensação é de estarmos a entrar num universo exclusivo, elegante, extraordinário. “Todas as soluções de divisão de espaços e áreas têm elementos com formas circulares, orgânicas, para dar a sensação de espaços suaves, macios, usados para aconselhamento, tratamento, massagem e a própria mistura de essências. “As superfícies internas dos espaços circulares receberam um acabamento em branco para expressar um espaço puro”, dizem os arquitectos.
A área que se estende para lá das partições serve como um percurso de acesso e ligação, que guia os clientes pela loja.
“O espaço remanescente entre as paredes existentes e as partições circulares integradas cria uma forma geometricamente curiosa e uma circulação original com uma experiência estética”. “O cliente não pode entrar directamente para todas as salas de serviço, mas deve antes percorrer um caminho sinuoso em direcção ao seu destino. Esta solução permite que os visitantes acompanhem e aumentem as suas expectativas e é uma forma típica de hospitalidade japonesa, como na cultura tradicional do chá.”
No amplo espaço do hall abobadado em pedra, os produtos estão expostos ao longo de cada parede, nas prateleiras suavemente iluminadas.
Abaixo destas prateleiras, os frascos arrumam-se em caixas feitas de madeira de paulownia japonesa. O espelho em cada extremidade dá a ilusão de um espaço que se alonga. O que distingue esta loja é o facto de todos os seus produtos estarem expostos, e neste espaço vemos alguma semelhanças a uma adega, com as garrafas de vinho à vista. Esta exposição é inspirada no método de armazenamento das adegas francesas. “Cada frasco é exibido separadamente, com uma iluminação especial”, dizem.
