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Já parou para olhar para as suas unhas? As infecções fúngicas podem ser uma dor de cabeça se não lhes dermos a devida atenção. Também designadas por onicomicoses, estas infeções são causadas por dermatófitos, um grupo de fungos altamente contagioso que se propaga facilmente em ambientes quentes e húmidos – olá verão, transpiração e andar descalço em piscinas ou balneários.
Ainda que, na fase inicial, a doença seja silenciosa e não apresente sintomas dolorosos, quanto mais cedo começar o tratamento, mais fácil será ver-se livre dos fungos das unhas. Estivemos à conversa com a podologista Dra Raquel Arantes que nos contou tudo, desde os sintomas aos tratamentos, e até como podemos evitar.
Principais sinais de fungo nas unhas:
- Alterações no aspeto da unha, tal como: descolamento da lâmina, alteração de cor, espessamento e ou deformidade
- Mau cheiro quando se corta ou limpa os bordos livres
- Unhas frágeis e quebradiças
Tratamento mais indicado
“O tratamento nunca é igual e vai depender do grau de afetação e do tipo de paciente. Em certos casos é necessária uma colheita para determinar laboratorialmente o fungo presente, mas essencialmente é tratado com antifúngicos tópicos e orais bem como os lasers como complemento”, começa por explicar.
“O tratamento deve sempre ter acompanhamento por parte de um podologista, pois o tratamento é bastante longo (pode demorar mais de um ano – 9 meses é o tempo de crescimento total de uma unha saudável do dedo grande). Na consulta é efetuado um desgaste controlado da unha, de forma a que haja melhor penetração do antifúngico e limpeza dos detritos de lâmina contaminados. Como a lâmina não se renova rapidamente, é normal o espessamento persistir e, portanto, este desgaste deve ser realizado regularmente.”
E atenção, devemos sempre levar o tratamento até ao fim. “O acompanhamento para ajuste de terapia, tratamento de transpiração excessiva e outras infeções concomitantes, bem como outros fatores, são também parte do sucesso no tratamento”, afirma.
Cuidados a ter para evitar fungos nas unhas:
- Ter uma boa higiene: lavar e secar bem os espaços interdigitais (embora a infeção possa estar na unha, poderá ter tido início na pele – já que o fungo se alimenta do principal constituinte da pele e unhas – a queratina)
- Trocar de meias diariamente
- Não partilhar toalhas
- Não usar calçado fechado dias seguidos, usar calçado arejado, chinelos em locais públicos e higienizar os pés e os chinelos ao chegar a casa
- A hidratação também é importante de forma a manter a integridade das unhas e pele
- Manter as unhas curtas, não retirar cutículas e ter muita atenção com as pedicures. O ideal é ter os seus próprios instrumentos e até vernizes
Para finalizar, a doutora reforça o conselho: ao mínimo sinal de alteração ungueal, procurar ajuda rapidamente. Caso seja um fungo, o tratamento precoce (além de economicamente muito mais em conta) será muito mais rápido.
