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Os potes de cerâmica que guardam estas velas foram foram desenhados por Marc Newson, que é ainda o autor dos frascos de Les Parfum Louis Vuitton. Cada vela tem uma alça feita de couro natural, fixa através de rebites metalizados, e uma tampa de metal em acabamento dourado que pode ser colocada em baixo da vela, servindo como base. Trabalhado à mão, cada vaso cerâmico tem uma forma única. O que é por si um sinal de distinção.
A cera perfumada vertida em Grasse, França, conta com um detalhe colorido: um pavio revestido com um subtil toque pigmentado, também pintado em Grasse. O acabamento branco mate da cera contrasta com o brilho da base dourada.
L’Air du Jardin, Île Blanche, Feuilles d’Or e Dehors Il Neige, € 175 / cada, Louis Vuitton
Jacques Cavallier Belletrud imaginou cada uma das quatro velas como uma casa confortável com janelas abertas para o mundo, por onde entra a brisa suave e todos o seus aromas – os primeiros botões de rosa do jardim, o calor do sol, a vegetação da floresta, os flocos de neve… Estas quatro fragrâncias foram compostas como fotografias de momentos captados pelo mestre criador, para ser em experimentados, de novo e de novo, sempre que a vela é acesa.
- L’Air du Jardin – na primavera, quando a rosa centifolia está pronta a ser colhida, a sua fragrância enche o ar em toda a região das Provence, onde o perfumista tem o laboratório. O perfume penetra em cada fenda rochosa com uma suavidade singular. Jacques Cavallier Belletrud presta homenagem a esta rosa, que apesar de ser uma matéria-prima que pode parecer perder propriedades quando concentrada em cera, surge aqui sem artifícios, transparente e etérea. A proeza técnica por trás deste exercício: a capacidade de simular a leveza deste aroma floral.
- Île Blanche – algodão branco em contacto com a brisa, assim como um sopro de ar durante a sesta. No exterior, os azuis do oceano e do céu, o calor do sol forte, uma sombra e que é o nosso ponto de observação, vendo os barcos ao fundo… Île Blanche é uma ilha imaginária, um arquipélago de índigo e frescura, oceano e raios luminosos. Laranja, jasmin sambac da China, essência de néroli e cardamomo, as flores mergulhadas num banho de citronela e verbena. Um aroma que cria a impressão de espaço e da ausência de limites.
- Feuilles d’Or – uma caminhada na floresta, as folhas secas como um tapete estendido à nossa frente, aquele cheiro bom da terra húmida e da madeira, numa homenagem à essência de cedro da Virgínia. A essência de patchouli em combustão traz uma profundidade mística. A subtileza do incenso, geranium e do bálsamo peruano percorrem esta floresta imaginária. Uma sensação de segurança e de conforto máximo, um concentrado de pura força.
- Dehors Il Neige – a lareira acesa, as janelas embaciadas e lá fora uma chuva suave de flocos de neve. O horizonte é envolvido por um branco puro. Jacques Cavallier Belletrud concentra a magia da queda de neve durante os dias mais curtos do ano e imagina um cenário num chalet na montanha, reconfortante que justapõe o gelo com o verde majestoso de um pinhal. Dehors Il Neige explora as sensações suaves da altitude, numa infusão de estrela de anis e canela que evoca as notas festivas de Dezembro, enquanto o incenso passa a sensação da suavidade de uma manta de caxemira. Em contraste com o calor interior, Cavallier Belletrud entra num tumultuo de aldeídos metálicos: pureza, branco, limpidez e clareza. Uma emoção reconciliada pela nota final da framboesa.
