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As rugas são marcas que contam histórias de sorrisos, sensações e experiências de vida. Toda a gente ri, chora, emociona-se, e tudo isso faz com que a nossa pele enrugue e crie linhas de expressão. Com o tempo, podem causar rugas na testa, uma das zonas que causa mais impacto e preocupação, ou não representasse uma parte considerável da superfície do nosso rosto. E, embora as rugas da testa sejam uma parte natural do envelhecimento, não significa que não possam ser tratadas.
A Dra. Juliana Pais, especialista em medicina estética, partilhou com a Miranda tudo o que precisa de saber sobre as rugas da testa, para que possa aprender a prevenir e a tratar com a ajuda dos cuidados de pele e dos procedimentos estéticos.
Quais são as causas das rugas na testa?
“Existem várias causas, mas a principal será sempre pelo movimento muscular, nomeadamente do músculo frontal“. Este é o músculo responsável por levantar a sobrancelha e que nos dá a expressão, causando as linhas horizontais na testa. Quanto mais se repetem essas expressões, mais profundas e perceptíveis as linhas vão tornar-se. “No entanto, também não nos podemos esquecer do envelhecimento cutâneo, que surge das agressões diárias, ambientais, o sol e o frio, que vai fazer com que a nossa pele envelheça, e por isso, há uma maior propensão a termos rugas”, explica.
A testa é das primeiras zonas a mostrar os sinais de envelhecimento?
“Errado. Varia muito de paciente para paciente. Depende do rosto, da genética, dos cuidados que tem (skincare, estilo de vida). Por exemplo, há pessoas que têm envelhecimento precoce apenas nos dois terços inferiores do rosto, que inclui a bochecha e a mandíbula e não apresentam praticamente rugas nenhumas no terço superior, isto é, na testa”.
As rugas da testa são mais fáceis ou difíceis de tratar?
“Eu considero que é um tratamento relativamente simples e fácil de realizar. O tratamento considerado gold standard para prevenir e tratar é a toxina botulínica, o que as pessoas consideram de botox. De facto, tem um efeito rápido e vai, no fundo, relaxar o músculo frontal, responsável pelas rugas de expressão na testa. É possível até paralisá-lo e não haver movimento nenhum, mas isso deixa um efeito um bocado mais “congelado” (uma expressão que as pessoas costumam dizer) ou seja não tão natural, mas podemos fazê-lo de forma natural, relaxá-lo até ao ponto de praticamente não vermos rugas visíveis”.
Skincare na prevenção das rugas na testa
“O skincare é muito importante. E quando falamos em em skincare, o primeiro ponto é a fotoproteção. A proteção solar é fundamental. É um passo que todos devemos fazer, durante todo o ano, para prevenirmos o envelhecimento. Mas também existem outros ativos importantes de anti-aging que podem ser incluídos no skincare: retinol, Vitamina C e Niacinamida, aliados na prevenção do envelhecimento, não só das rugas da testa mas também de todo o rosto, e que devem ser colocados de forma gradual”.
Quais os tratamentos mais eficazes?
“Quando se faz de forma preventiva, o botox é suficiente. Por vezes, aparecem-nos pacientes já com um nível de envelhecimento marcado, sem qualquer tipo de expressão, as chamadas rugas estáticas e, nesses casos, a toxina botulínica não será suficiente, pois não vai ter poder de atuação nessas rugas por já estarem muito vincadas. Também temos a opção cirúrgica, o lifting, que ajuda a melhorar estas rugas. Mas mesmo neste procedimento, se as rugas estiverem demasiado vincadas (considero quase como uma cicatriz) pode não ser o suficiente. Nesses casos, propõe-se outro tipo de tratamentos, como os lasers e os peelings que, no fundo, vão agredir a pele para que ela se regenere. Muitas vezes pode ser necessário mais do que uma sessão”.
Existe limite de idade para tratar as rugas da testa?
“Não existe um limite de idade estabelecido. É uma questão que deve ser avaliada de forma individual. Há pacientes que vão necessitar de fazer tratamentos de forma mais precoce, porque são mais expressivos e com tendência a vincar as rugas da testa e aí podemos propor um tratamento com toxina para prevenir. Assim como há pacientes que apresentam poucas rugas ou quase nenhumas, pois geneticamente estão programados a não ter muitas rugas”.
