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Era ao som dos temas ‘Purple Rain’ e ‘Kiss’ que se dançava em todos os bares e discotecas nos anos 80 e, que ainda hoje, nos obrigam a cantar alto e bom som no carro, quando passam na rádio. Prince era um artista completo a todos os níveis: cantor, compositor, instrumentista e dançarino, fazia do palco a sua casa e, das suas músicas, o reflexo de uma carreira repleta de incontáveis sucessos.
O seu visual característico era quase tão icónico quanto o seu talento. O músico norte-americano foi a prova de que a Beleza não tem género, cor, forma ou idade. Desafiou os limites da masculinidade, do sexo e do rock’n roll, com a sua excentricidade incomparável.
A música já lhe corria no sangue. Prince Rogers Nelson, nascido a 7 de junho de 1958, em Minneapolis, uma cidade no Estado de Minnesota, nos Estados Unidos, tinha voz para os mais variados géneros musicais, desde a pop ao funk, do jazz ao rock e R&B.
Aos 20 anos editou o seu primeiro álbum, ‘For You’, pela editora Warner Brothers Records. A partir daí, o cantor tornou-se um artista em ascensão, à boleia do funk e soul, com mais quatro álbuns lançados nos anos seguintes. Com uma vertente mais sexual, surgiram os álbuns ‘Controversy’ e ‘1999′, com temas conhecidos, como ‘Little Red Corvette’ e ‘Delirious’.
Quando lançou o grande êxito ‘Purple Rain’, em 1984, que atingiu os primeiros lugares de vendas dos Estados Unidos, Prince tornou-se no mais direto rival de Michael Jackson, ao lutar pelo título de ‘rei da pop’. O tema foi ainda escolhido para integrar o seu filme autobiográfico, com o mesmo nome, que lhe valeu um Óscar de Melhor Banda Sonora.
A 7 de junho de 1993, ao completar 35 anos, Prince mudou o seu nome para um símbolo impronunciável, ao qual chamaram “Símbolo do Amor”, como forma de protesto contra a propriedade da indústria fonográfica sobre o trabalho dos artistas.
Embora muitos questionassem a sua sexualidade, como resultado das suas escolhas de Moda e Beleza, o cantor manteve-se fiel à sua estética e definição de Beleza sem género, mesmo numa época em que artistas como David Bowie, Boy George e Mick Jagger usavam e abusavam da maquilhagem. “Não sou tua mulher, não sou teu homem. Sou algo que nunca vais entender”, já cantava Prince no tema ‘I Would Die 4 U’ de 1984.
Desde camisas estampadas com transparências e lantejoulas, a calças com franjas e cores arrojadas, sem esquecer a icónica cor púrpura, dentro e fora do palco, Prince não tinha medo de arriscar nos seus looks. Na Beleza, o cantor provou que a maquilhagem e os penteados não eram apenas para mulheres. A par da sua carreira, o seu estilo também estava em constante evolução.
Cabelo
Prince era, sem dúvida, uma fonte infinita de inspiração no que toca a cortes e penteados. Ora usava o cabelo comprido e ondulado, ora deixava-o ao natural com a afro à vista. O corte pixie também foi uma opção durante algum tempo, assim como os caracóis bem definidos e volumosos. Qualquer um que fosse o seu penteado, todos ditavam tendências dos anos 90.
Makeup
Na maquilhagem não havia limites. Para além do roxo, Prince gostava de arriscar com outras cores, como quando surgiu na cerimónia VH1 Honors, em 2007, com uma sombra esfumada no tom pêssego. Mas o look que melhor o define é, claramente, o eyeliner bem afiado e perfeitamente desenhado. O lápis preto e a máscara de pestanas também faziam parte da sua rotina de maquilhagem.
Deixou-nos há cinco anos, a 21 de abril de 2016, vítima de uma overdose de opiáceos. O cantor tinha apenas 57 anos.
